Bia: Até logo papá, o autocarro da escola está
chegando.
Dário: Até logo filhota, porta-te bem!
Dário vem apanhar o jornal no preciso momento em que
Bety chama o elevador para descer.
Dário (vendo um vulto mas não ligando muita
importância): Bom dia Sra!
Bety: Bom Dia! - (pensando) – Esta voz parece-me
familiar! Bem, estou com pressa, deve ser impressão minha.
Bia: Pai, agora que já fiz os deveres e fiz o meu
discurso, posso brincar um pouco no pátio?
Dário: Sim, claro. Estou a acabar um trabalho e vou lá
ter.
Bia: Que aborrecido, não está ninguém cá em cima!
Bety: Olá, querida! Porque estava batendo na minha
porta?
Bia: Fui até ao pátio mas não estava lá ninguém. Quer vir?
Bety: Vamos lá então.
Bia adorava mostrar seus dotes a Bety. Envaidecia-se
por isso.
Bia falava sobre brinquedos quando:
Dário: Você está aí Bia?
Bia: Sim papai!
Bety: Ai! Outra vez aquela voz familiar.
Bety: É mesmo você, Dário!?
Dário: Sim, sou eu mesmo, o Dário. E você não...
Bia: Vocês por acaso já se conhecem?
Dário: Você está brava comigo? Eu posso explicar!…
Bety: Você não explica nada, eu já soube de tudo. Dá
cá um abraço forte amor!
Bia: Não estou entendendo nada, vou mas é jogar
cartas.
Dário: Não vai nada, vamos sentar ali, queremos falar
consigo.
E então Dário explicou a Bia que Bety era sua mãe e a
Bety que Bia era a sua tão procurada filha.
Bety: Querida, você nem imagina o que corri estes anos
todos procurando por você. Eu te amo muito!
Bia: Papai sempre falou que você tinha morrido. Era meu sonho conhecê-la um dia. E ainda bem que é você a minha mãe porque adorei-a assim que a vi pela primeira vez. Estou muito feliz!
Dário: Bety, agora só falta você aceitar viver
connosco.
Bia: Aceita mamãe, aceita!
Bety: Claro que aceito, é o sonho de toda a minha
vida!
E assim viveram os três, felizes para sempre!